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Edição Nº 11 Setembro e Outubro 2020
I. Informações Nacionais
INE – Inquérito à Identificação de Necessidades de Qualificações nas Empresas (IINQE)

Pela primeira vez, em colaboração com a ANQEP e a DGEEC, o INE promoveu o Inquérito à Identificação de Necessidades de Qualificações nas empresas (IINQE). Embora a taxa de resposta tenha sido relativamente elevada (73,2%), os resultados obtidos devem reflectir a fase excepcional com que nos defrontamos. Nos próximos dois anos as empresas pretendem recrutar 345. 584 trabalhares, o que corresponderá a um acréscimo bruto de10,8% do seu pessoal ao serviço. Dos trabalhadores a recrutar 49,9% deverão ter curso profissional, 32,2% curso de ensino superior e para 17,9% não é apontado um nível de qualificação específico. 

Não obstante o contexto de pandemia, as qualificações de nível não superior mais indicadas pelas empresas nas suas necessidades de recrutamento foram: empregado/a de restaurante/bar, técnico/a de comércio e técnico/a de restaurante. Por sua vez, os cursos de ensino superior mais referidos foram engenharia informática, de computadores, telecomunicações e sistemas de informação, engenharia de software e sistemas de informação e gestão comercial e vendas.

 

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Lançamento do Plano de Combate ao Bullying e ao Cyberbullying

O Ministério da Educação lançou um Plano de combate ao bullying e ao ciberbullying, apostando na sensibilização, na prevenção e na definição de mecanismos de intervenção em meio escolar, com o envolvimento de vários serviços. Este Plano terá associada a campanha "Escola Sem Bullying. Escola Sem Violência", que ficará disponível a todos os alunos, famílias e escolas.

 

O "Plano de Prevenção e Combate ao Bullying e Ciberbullying" - elaborado pela Direção-Geral da Educação, em articulação com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência - e as respetivas ferramentas de apoio à sua implementação, que contam com a colaboração de especialistas na área, chegaram às escolas em outubro por ocasião do Dia Mundial de Combate ao Bullying, que se celebra a 20 de outubro, sendo assinalado nas escolas na semana que culmina nesse dia.


O objetivo deste Plano é erradicar o bullying e o ciberbullying nas escolas, enquadrando-os no contexto mais amplo da violência em meio escolar, ajudando a reconhecer sinais de alerta, lançando orientações e capacitando as Escolas para a utilização de diferentes abordagens de prevenção e intervenção (respeitando a autonomia e a realidade de cada Escola).

 

 

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO  - Crianças com alergias alimentares vão ter resposta específica nas Escolas

Está publicado em Diário da República o despacho do Governo que cria um grupo de trabalho com a missão de apresentar, até ao final deste ano, uma proposta de regulamento que defina mecanismos de apoio e inclusão das crianças e jovens com alergias alimentares, em ambiente escolar.

 

O grupo de trabalho é composto por especialistas em Medicina Geral e Familiar, Imunoalergologia, Pediatria e Nutrição, contando ainda com representantes da Direção-Geral da Educação, da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e da Direção-Geral da Saúde, sob coordenação do Presidente da Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, Gonçalo Cordeiro Ferreira. Poderão ser também convidadas a juntar-se a este grupo de nove personalidades outras entidades de reconhecido mérito nesta matéria.

Ministério da Educação - Segunda oportunidade 2ª O: mais uma medida de combate ao abandono escolar

O Ministério da Educação assumiu como principal prioridade da política educativa a mobilização da sociedade portuguesa para um combate, sem tréguas, ao insucesso e ao abandono escolar.

 

A diversidade de respostas já instituídas tem ganho com a riqueza dos diferentes intervenientes, que, com um enfoque específico, tornam mais abrangente e mais rica esta resposta.

 

Constatando-se que continuam a existir jovens que abandonam a escola e que é importante ter na escola pública respostas adequadas às suas especificidades e que há instituições que privilegiam este tipo de intervenção, para a qual já desenvolveram metodologias e envolveram profissionais que podem colaborar com as escolas na planificação e implementação de novas respostas, o Ministério da Educação aprovou as linhas orientadoras de um programa de intervenção junto de jovens que abandonaram o sistema educativo e se encontram em risco de exclusão social.

 

Este programa denominado «Segunda Oportunidade – 2ªO» recolhe as experiências já desenvolvidas por diferentes entidades, como sejam a «Escola de Segunda Oportunidade» em Matosinhos (vencedora do Prémio Manuel António da Mota), o Projeto «Arco Maior» no Porto, a Rede Europeia de Escolas de Segunda Oportunidade (European Association of Cities, Institutions and Second Chance Schools) e a manifestação de interesse, neste tipo de intervenção, manifestado por instituições de diferentes zonas do País.

 

Portugal torna-se, assim, o primeiro país a institucionalizar esta oferta, que deixa de depender de iniciativas avulsas e sem enquadramento legal óbvio.

 

O trabalho a desenvolver será centrado na ação das escolas públicas em interligação com diferentes entidades que, através de um protocolo de cooperação, constituem uma parceria com vista à reintegração escolar e socioprofissional de jovens que já se encontrem em situação de abandono escolar.

assumiu como principal prioridade da política educativa a mobilização da sociedade portuguesa para um combate, sem tréguas, ao insucesso e ao abandono escolar.

ANQEP - "Jovem + Digital"  Novas formações de média duração na área digital

Foi publicada a Portaria que cria este programa destinado a jovens adultos, com idades entre os 18 e 35 anos, que queiram melhorar as suas competências na área digital.


Os percursos de formação disponíveis no Catálogo Nacional de Qualificações são em áreas como a Cibersegurança, o Comércio Digital, Ferramentas de Produtividade e Colaboração, Análise de Dados, Business Intelligence, Linguagens de Programação (programação em JAVA, programação .NET, programação WEB e programação em Phyton), UX/UI Design e Gestão de Redes Sociais.

 

Estes percursos têm uma duração até 350 horas, com certificação autónoma. As unidades de formação realizadas creditam para a obtenção de uma qualificação na área digital de nível 4 ou 5 do Quadro Nacional de Qualificações.


A gestão e o acompanhamento do "Jovem + Digital" são assegurados pelo IEFP, I. P., estando o programa aberto a outras entidades formativas.

 

ANQEP - Estudo de avaliação da reorganização do calendário escolar

O presente relatório tem como principal objetivo providenciar informação descritiva e compreensiva sobre a reorganização do calendário escolar realizada por 55 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas (AE/E) do ensino público, que, tendo aderido à Portaria nº 181/2019, de 11 de junho, modificaram a estrutura, utilizada a nível nacional, de três períodos escolares, no quadro de planos de inovação (PI) elaborados por cada AE/E.

ANQEP - Menores Estrangeiros Não Acompanhados (MENA) – educação e formação - guia de perguntas frequentes

Este guia visa responder às dúvidas dos jovens estrangeiros relativamente ao nosso sistema de ensino e formação. Responde a 13 perguntas, nomeadamente:

- O ensino é obrigatório em Portugal?

- Quando chegar a Portugal vou logo para a escola?

- Se não sei falar português, como conseguirei acompanhar as matérias?

- Em que ano vou ser colocado/a?

- Que opções tenho para estudar?

- Posso optar por uma oferta educativa ou formativa e, mais tarde, mudar para outra?

IEFP – Feira Europeia de Emprego ONEJOB 2020

O IEFP (EURES Portugal) une esforços com a UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e a Universidade de Vigo, o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza-Norte de Portugal e o EURES Transfronteiriço Galiza-Norte de Portugal, com o apoio da Comissão Europeia, para promover a OnEJob2020 – Feira Europeia de Emprego Online para diplomados, um evento de recrutamento e informação, particularmente, dirigido a jovens graduados de Portugal e Espanha.

Estão confirmados mais de 70 expositores virtuais (mais de 50 são empresas, das quais 27 de Portugal e 17 de Espanha), e cerca de 200 ofertas, com mais de 1100 oportunidades de emprego / estágio em divulgação numa grande diversidade de áreas profissionais, nomeadamente

  • engenharias e tecnologias de informação
  • ciências empresariais (gestão, economia, contabilidade, finanças; secretariado)
  • saúde (enfermagem, medicina dentária, nutrição, farmácia)
  • ciências exatas (matemática, física, estatística) e da vida (biologia, química, biomédica)
  • marketing digital, comunicação e design multimédia
  • customer service e business process outsourcing (BPO)
  • logística
  • turismo, hotelaria e restauração

O programa inclui diversas ações (em espanhol, inglês e português), como:

  • apresentações de empresas e de outros serviços de apoio à sua carreira, em Portugal, Espanha e na Europa
  • debates com testemunhos interessantes sobre:
  • novas formas de organização do trabalho no contexto (pós-)pandemia
  • carreiras internacionais e projetos de mobilidade
  • boas práticas de empreendedorismo e inovação em circunstâncias adversas

Aceda aqui a mais informações:

 www.europeanjobdays.eu/OnEJob2020 

Contacte onejob2020@iefp.pt.

CNE - Contributos para a Educação pós-COVID 19 A memória, o conhecimento, o futuro

Este relatório apresenta dados relativos à participação e ao financiamento da aprendizagem de adultos em Portugal. O relatório também considera dados sobre provedores de educação de adultos, para um menor extensão. Os dados são extraídos do Inquérito Europeu à Educação de Adultos (AES), o Inquérito Europeu à Formação Profissional Contínua (CVTS) e Inquérito às Forças de Trabalho (LFS).

O relatório é dividido em três secções; participação na formação de adultos, entidades provedoras de formação de adultos, e o financiamento da formação de adultos.

DGE – Publicação do Boletim Noesis Nº 49

A Nota de Abertura refere-se ao Programa de digitalização para as Escolas: capacitação dos docentes O Programa de digitalização para as Escolas, no âmbito do Plano de Ação para a Transição Digital, Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020, de 21 de abril de 2020, prevê o desenvolvimento de um programa para a transformação digital das escolas, com as seguintes dimensões, entre outras:

 

(i) disponibilização de equipamento individual ajustado às necessidades de cada nível educativo para utilização em contexto de aprendizagem;

 

(ii) garantia de conectividade móvel gratuita para alunos, docentes e formadores do Sistema Nacional de Qualificações, proporcionando um acesso de qualidade à Internet na escola, bem como um acesso à Internet em qualquer lugar;

 

(iii) acesso a recursos educativos digitais de qualidade e a ferramentas de colaboração em ambientes digitais que promovam a inovação no processo de ensino-aprendizagem, estimulem a criatividade e a inovação, permitam o acompanhamento à distância da sala de aula, sempre que necessário, o trabalho colaborativo online, aproximando as novas gerações aos novos paradigmas da vida em sociedade e ao mundo do trabalho;

 

(iv) capacitação de docentes que garanta a aquisição das competências necessárias ao ensino neste novo contexto digital.

PORDATA – Retrato de Portugal na Europa – edição 2020

Para assinalar o Dia Europeu da Estatística (20 de outubro) a Pordata publicou a versão atualizada de “Retrato de Portugal na Europa”.

 

Esta edição 2020 reúne um conjunto de cerca de 80 indicadores sobre diversas áreas da sociedade, que compararam Portugal com os outros Estados-membros da União Europeia. Os dados são relativos nomeadamente à População, ao Rendimento e Condições de Vida, à Educação, à Saúde e ao Emprego e Mercado de Trabalho 

e centram-se nos anos 2018 e 2019 (com a exceção dos dados relativos à Proteção Social, que são de 2017). Sobre a realidade nacional, destacam-se alguns exemplos: Portugal é o terceiro país com menor percentagem de jovens (população com menos de 15 anos) sem população total residente; Portugal é o terceiro país com maior percentagem de idosos (população com 65 anos ou mais), é o terceiro país com maior percentagem de população residente (entre os 25 e os 34 anos) no ensino secundário (24,8% em 2019, contra 15,5% na UE 27); Portugal é o sétimo país com a maior taxa de abandono escolar (10,6% em 2019, face a 10,2% na UE 27); e é ainda o país com maior percentagem de empregadores e trabalhadores por conta de outrem sem o ensino secundário ou superior. 

 

II. Informações Internacionais

COMISSÃO EUROPEIA – Publicação do estudo Adult Learning Statistical Synthesis Report

 

Em que tipo de aprendizagem participam os adultos? Quem oferece esse tipo de formação e quem a financia? Este relatório apresenta um resumo da aprendizagem de adultos em toda a UE, com foco na participação, nos provedores e no financiamento da aprendizagem de adultos. É baseado em relatórios de 28 países.

 

O relatório mostra que entre os adultos, a aprendizagem não formal é muito mais comum do que a aprendizagem formal. 
Este tipo de aprendizagem é mais frequentemente ministrada por empregadores ou instituições de educação e formação não formais. Mas há todo um conjunto de provedores de educação de adultos: de instituições comerciais a associações sem fins lucrativos, sindicatos, instituições de educação formal, etc. A maior parte da aprendizagem não formal de adultos está relacionada com o trabalho, tendendo os empregadores a envolver-se fortemente no seu financiamento.

 

O desenvolvimento profissional contínuo pode promover a evolução nas carreiras dos indivíduos nos mercados de trabalho que se encontram atualmente em rápida mudança e a aprendizagem ao longo da vida de modo geral pode contribuir para a saúde das nossas democracias e sociedades. A aprendizagem de adultos é, portanto, vital para que a Europa supere os desafios que hoje enfrenta e para que responda à necessidade de novas competências num mundo digital e verde.

 

 

COMISSÃO EUROPEIA - 5.ª edição da Semana Europeia da Formação Profissional

 

De 9 a 13 de novembro de 2020 realiza-se online este evento, em toda a União Europeia.

 

Esta iniciativa incentiva as pessoas de todas as idades para descobrir os seus talentos e a desenvolver as suas competências, de acordo com a necessidade do mercado de trabalho, através do ensino e da formação profissionais (EFP), um setor importante para recuperação económica e social no contexto da crise de COVID-19. Organizada pela Comissão Europeia em parceria com o Ministério Federal da Educação e Investigação da Alemanha, no âmbito da presidência alemã do Conselho da EU, esta edição foca-se na promoção de plataformas digitais de aprendizagem, na criação de uma cultura de formação contínua e ao longo da vida e na implementação de estruturas de EFP sustentáveis.

 

No âmbito da Semana Europeia da Formação Profissional 2020, as associações locais, regionais e nacionais da UE e de outros países acolhem eventos e atividades virtuais, saliente os benefícios do EFP e o seu papel crucial na aprendizagem ao longo da vida. Proporcionam aos jovens aprendentes como competências iniciais de que atribui para a realização de uma carreira e criam os meios para que os adultos tirem partido das competências existentes, aprimorando-as, desenvolvendo novas competências ao longo da vida. Mais de 781 eventos e atividades associados já foram registados em 38 países, chegando a mais de 1,6 milhões de pessoas.

No âmbito dessa iniciativa foi também levado a cabo um inquérito online, relativamente à adaptação dos sistemas de educação e formação à CVID-19.

O mapa revela quais os países que responderam ao inquérito e quantas entidades por país o fizeram.

Em Portugal apenas três entidades enviaram respostas.

 

Pelo que se observou até agora, está disponível um grande número de cursos / módulos de aprendizagem online. No entanto, NÃO são geralmente específicos da EFP. O material pronto com conteúdo específico da EFP está menos desenvolvido e há um forte apelo à Comissão e às autoridades públicas nacionais para criarem uma base de dados com os recursos existentes que possa ser partilhada gratuitamente em toda a Europa.

A Comissão encoraja, assim, à partilha de exemplos e experiências que possam ajudar alunos e educadores VET, formuladores de políticas e partes interessadas na gestão deste momento desafiador.

COMISSÃO EUROPEIA  - Novo Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027)

A crise provocada pela pandemia de COVID-19 colocou o ensino a distância no centro das práticas de ensino, pondo em evidência a necessidade premente de melhorar a educação digital, enquanto objetivo estratégico fundamental para um ensino e uma aprendizagem de qualidade na era digital. 

O Plano de Ação propõe um conjunto de iniciativas para uma educação digital de qualidade, inclusiva e acessível em toda a Europa, promovendo uma abordagem estratégica e de mais longo prazo para a educação e formação digitais. 

Trata-se de um apelo à ação no sentido de uma cooperação reforçada a nível europeu entre os Estados-membros, bem como com e entre os atores relevantes, para que os sistemas educativos e formativos estejam verdadeiramente preparados para a era digital. 
O Plano de Ação comporta duas prioridades estratégicas a longo prazo:

- promover o desenvolvimento de um ecossistema de educação digital altamente eficaz;

- reforçar as competências digitais na perspetiva da transformação digital.

COMISSÃO EUROPEIA – Lançamento do Pacto para as Competências: chamar todos os parceiros europeus a investir em competências

Os Comissários europeus Nicolas Schmit (Emprego e Direitos Sociais) e Thierry Breton (Mercado Interno) lançaram o pacto pelas competências, uma iniciativa fundamental da agenda europeia de competências, durante a

Semana Europeia das Competências Profissionais 2020, a 10 de novembro.

Num evento virtual, os dois comissários anunciaram as primeiras parcerias europeias de competências nos principais ecossistemas industriais - automóvel, microeletrónica e indústrias aeroespacial e de defesa.

O principal objetivo do pacto é mobilizar recursos e dar incentivos a todas as partes interessadas relevantes no sentido de tomarem medidas reais de melhoraria e requalificação da força de trabalho.

Os dois comissários começaram já a envolver as partes interessadas, lançando um conjunto de mesas redondas de alto nível com representantes dos ecossistemas industriais, autoridades regionais e nacionais, educação e parceiros sociais e provedores de educação e formação.

 CEDEFOP – NEWSLETTER Nº 104

Estas edições abordam temas como a desaceleração alarmante do mercado de trabalho ou algumas tendências emergentes. Pode ainda ler-se sobre o novo índice Cedefop Cov 19R, que revela quais os empregos na EU com maior risco de exposição relacionada com o coronavírus ou sobre a forma como a crise

está a moldar os resultados a serem estabelecidos nos próximos anos, tal como prevêem os questionários actualizados da pesquisa do Cedefop sobre competências e empregos para 2021.

A publicação inclui ainda evidências iniciais da comunidade de especialistas sobre aprendizagem e redes de parceiros da CareersNet sobre a forma como os países estão actualmente a lidar com desafios sem precedentes em áreas como a aprendizagem e a orientação.

Reconhecendo que muitos dos chamados trabalhadores da linha da frente provêm de cursos profissionais, foi também examinada a forma como a escassez de curto e médio prazo no mercado podem ser solucionadas, por exemplo, através do recurso a refugiados ou investindo em profissões na área da saúde.

 

CEDEFOP - Perceções sobre a aprendizagem de adultos e a educação e formação profissional contínua na Europa

 

 

As impressões são determinantes. A partir de mais de 40 000 entrevistas a pessoas com 25 anos ou mais na União Europeia, Noruega e Islândia, este inquérito explora as impressões das pessoas sobre a aprendizagem de adultos e a educação e formação profissional contínua (CVET), que são essenciais para permitir que os adultos adquiram conhecimentos e competências e ainda quais as competências de que necessitam para gerirem empregos e vidas em mudança.

Este volume analisa as impressões nos Estados-Membros e em toda a UE (um segundo analisa as opiniões de diferentes grupos de trabalhadores na europa). A pesquisa traz novas perspetivas. No geral, em todos os Estados-Membros são valorizadas a aprendizagem de adultos e a educação e formação profissional contínua (CVET), considerando-se que deverão constituir uma prioridade de investimento no seu país. A baixa participação na aprendizagem de adultos e no CVET não se deve, portanto, a impressões negativas relativamente a estes sistemas. Os dados existem para serem explorados, com o objetivo de dar a conhecer as estratégias dos Estados-Membros para reforçar a aprendizagem de adultos, bem como o CVET.

CEDEFOP/ FUNDAÇÃO DUBLIN – Inquérito Europeu a Empresas 2019

De acordo com uma recente investigação em grande escala sobre as práticas empresariais em toda a Europa, os locais de trabalho com elevado investimento e envolvimento conseguem melhores resultados para trabalhadores e empregadores. Apenas 20% das organizações da UE se enquadram nesta categoria - práticas de agrupamento que aumentam a autonomia do trabalhador, reforçam a sua voz e promovem formação e aprendizagem.

Essas empresas, que estão a conseguir impulsionar o desempenho e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do trabalho dos trabalhadores, podem ser encontradas em todos os tipos de negócios, independentemente do país, tamanho, setor ou estratégia de competitividade, mas são mais prevalentes em países nórdicos, como a Finlândia e a Suécia, e em setores com melhores condições de trabalho, como os serviços financeiros.

O quarto inquérito europeu sobre as empresas (ECS 2019), realizado em parceria entre as agências da UE, a Eurofound e o Cedefop, recolheu informações sobre práticas no local de trabalho, gestão de recursos humanos, competências e desenvolvimento, participação dos trabalhadores e diálogo social de 21.869 gestores de recursos humanos e 3.073 representantes dos trabalhadores nos 27 Estados-Membros da UE e no Reino Unido durante 2019, proporcionando uma perspetiva atempada sobre a potencial resiliência das empresas em toda a UE antes da pandemia do coronavírus.

Foi realizado a 13 de outubro um evento de lançamento virtual, onde os resultados foram apresentados e discutidos.

 

Clima de trabalho positivo

No geral, a investigação indica que a maioria das empresas da UE-27 tem um clima de trabalho positivo: 84% dos gestores confirma um relacionamento bom ou muito bom entre a administração e os trabalhadores. Muitas vezes as empresas combinam a conceção do trabalho que estimula a autonomia e a formação com uma abordagem de gestão que procura facilitar o trabalho autónomo, em lugar de controlar. Mas muitos empregos ainda oferecem pouca autonomia: em 36% das empresas da UE-27, uma pequena proporção de trabalhadores (menos de um em cada cinco) pode organizar o seu trabalho de forma autónoma.

Os resultados também revelam que 71% dos trabalhadores em empresas da UE-27 possuem competências que correspondem às suas necessidades de trabalho; 16%, em média, têm qualificação excessiva, enquanto 13% detêm qualificação inferior, sendo a formação um instrumento fundamental para alcançar resultados positivos no local de trabalho. A maioria dos locais de trabalho na UE oferece pelo menos alguma formação a pelo menos alguns trabalhadores, mas apenas 9% oferece formação abrangente e oportunidades de aprendizagem. As empresas que são altamente digitalizadas e aquelas com um alto nível de utilização do computador obtêm melhores resultados de bem-estar no local de trabalho do que outras; no entanto, apenas as empresas altamente digitalizadas se saem melhor em termos de desempenho.

 

Vantagem competitiva

O inquérito também observou que as empresas com forte diálogo social no local de trabalho obtêm melhores resultados em termos de desempenho e bem-estar, com mais de dois terços (70%) dos gestores a considerar o envolvimento dos funcionários nas mudanças na organização do trabalho, enquanto estratégia para aumentar a vantagem competitiva. Os locais de trabalho com diálogo social envolvente, confiante e influente têm maior probabilidade de ter uma participação regular e direta dos trabalhadores, o que faz a diferença no terreno. O relatório observa que uma abordagem de gestão centrada nas pessoas - que apoia os trabalhadores na aplicação das suas competências e conhecimentos no local de trabalho e facilita o desenvolvimento das competências e dos conhecimentos dos trabalhadores - pode trazer benefícios que vão além do local de trabalho, como menores custos com a saúde e aumento do envolvimento cívico.

Destaca-se também a importância do envolvimento dos parceiros sociais para apoiar a mudança do local de trabalho na conceção e implementação de medidas políticas orientadas para a autonomia dos trabalhadores, melhorando a utilização e o desenvolvimento de competências e facilitando o envolvimento dos trabalhadores no local de trabalho.

CEDEFOP – Publicação da edição especial da revista Skills and Match pós 2020

Esta é uma edição especial que analisa o ensino e formação profissional (EFP) pós-2020 e que inclui:

 

- Entrevistas exclusivas sobre os desafios futuros com os Ministros da Educação dos anteriores e atuais detentores da Presidência da UE, Croácia e Alemanha, e da Grécia, país anfitrião do Cedefop;

- Um relatório sobre a conferência conjunta de alto nível Cedefop / Fundação Europeia para a Formação, que discutiu formas de reforçar a cooperação europeia no domínio do EFP;

- Mensagens dos discursos durante a conferência da Vice-Presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas e do Comissário para o Emprego e Direitos Sociais Nicolas Schmit;

- Um artigo sobre o documento de discussão conjunta do Cedefop e da ETF que explora os desafios e oportunidades para o EFP na próxima década;

- Um editorial do Diretor Executivo do Cedefop sobre por que o EFP é o centro das atenções na era da pandemia do coronavírus.

CEDEFOP –Comunicado de imprensa Como os quadros nacionais de qualificações aproximam os sistemas de educação e formação dos utilizadores finais

 

 

 

 

 

 

Este ano a Comissão Europeia convidou os países a conectar as suas bases de dados em matéria de qualificações ao novo portal Europass, o que permite aos profissionais e ao grande público aceder a toda a informação existente.

CEDEFOP – Desenvolver e corresponder competências na economia de plataforma digital   

Muito antes da crise da Covid-19, foram levantadas questões sobre o trabalho em shows e plataformas: serão "fábricas exploradoras digitais" ou um canal para o desenvolvimento de competências e uma melhor correspondência das mesmas? A crise de saúde pública pode ter acentuado a vulnerabilidade dos trabalhadores de plataforma, mas também demonstrou um potencial mais amplo para trabalhar e aprender de forma digital.

 

O estudo CrowdLearn do Cedefop é o primeiro a examinar o desenvolvimento de competências e as práticas de correspondência de competências no trabalho de plataforma digital.

Apresenta evidências de entrevistas com as partes interessadas da economia de plataforma, bem como com os próprios crowdworkers. Identifica também os tipos de competências desenvolvidas neste tipo de trabalho e as práticas de formação dos trabalhadores. Destaca ainda os desafios (gestão algorítmica, portabilidade de plataforma limitada) que se colocam a uma correspondência de competências eficiente e a mobilidade do crowdworker e faz sugestões de políticas para superar estes desafios.

 

Estas perceções podem dar orientações úteis para a educação e a formação profissional, já que podemos aprender muito com aqueles que já dominavam a arte deste tipo de trabalho muito antes da crise atual.

CEDEFOP – Competências-chave na educação e formação inicial: digital, multilíngue e literacia

As competências essenciais são importantes para o desenvolvimento pessoal, o emprego, a integração na sociedade e a aprendizagem ao longo da vida.

 

São transversais e constituem a base de todas as outras competências. A aquisição de competências essenciais é possível através de vários percursos de aprendizagem, incluindo ensino e formação profissional (EFP). No entanto, pouco se sabe a nível europeu sobre como o EFP apoia o desenvolvimento de competências essenciais.

Este artigo de investigação debruça-se sobre três competências-chave: digital, multilíngue e alfabetização. Analisa até que ponto estão incluídos na EFP inicial do ensino secundário na UE-27, Islândia, Noruega e Reino Unido, bem como nas políticas nacionais que apoiam o seu desenvolvimento desde 2011. Centra-se em quatro áreas de intervenção: standards, execução de programas, avaliação e competências do professor / formador.

CEDEFOP – Nota informativa

 

 

Durante alguns anos os Quadros Europeus de Qualificações (QEQ) e os quadros nacionais de qualificações (QNQ) na Europa ajudaram a construir pontes entre países e entre os diferentes sistemas de educação e formação.

Muitos QNQs estão agora totalmente operacionais, devidamente ancorados nos sistemas nacionais de educação e formação. Muitos estão em actualização, de acordo com as diretrizes europeias e com ferramentas de  orientação, validação ou com o Europass.

OCDE - Relatório Estatístico de Educação de Adultos – Portugal

Já se encontra disponível o “Adult learning statistical synthesis report – Portugal” que reúne dados sobre a participação e o financiamento da educação de adultos em Portugal.

Com dados extraídos do Inquérito Europeu à Educação de Adultos (AES), do Inquérito Europeu sobre Formação Profissional Contínua (CVTS) e do Inquérito às Força laboral (LFS), esta publicação é composta por três secções: participação na educação de adultos; operadores de educação de adultos; e financiamento da educação de adultos.

Segundo este relatório, a participação na aprendizagem formal de adultos diminuiu, entre 2011 e 2016, no entanto a participação na aprendizagem não formal de adultos aumentou, sobretudo quando disponibilizada por empregadores. Aliás, verifica-se que grande parte da aprendizagem não formal de adultos é suportada pelos empregadores ou é gratuita (financiada por serviços públicos ou departamentos dependentes do estado).

III. REFLEXÕES

 

Nesta edição, destacamos neste espaço de reflexões a história do primeiro professor português a conquistar o prémio mundial Global Teacher Award 2020, com experiências à distância.

Jorge Teixeira é professor de Física e Química e conquistou o Global Teacher Award 2020, concurso mundial, com sede na Índia, que premeia a excelência e inovação no ensino, e contributos para a construção da sociedade. Não é a primeira vez que o seu trabalho com os alunos extravasa as paredes da escola e atravessa fronteiras nacionais e internacionais. Em 2018, foi considerado o melhor professor português no Global Teacher Prize. No ano seguinte, em 2019, ficou na lista dos 50 melhores professores do mundo no Global Teacher Prize Internacional.

Há 14 anos, criou o Clube do Ensino Experimental das Ciências (CEEC), um clube informal dedicado à experimentação, a funcionar fora da componente e horário letivos, de participação voluntária, que articulava com o ensino formal. E nunca mais parou. Agora, um projeto com calculadoras gráficas e micro:bits, em tempos de pandemia, trouxe-lhe este reconhecimento internacional.


No CEEC da Escola Dr. Júlio Martins, Jorge Teixeira coordena e orienta várias experiências com o recurso a carrinhos elétricos e solares, a um drone aquático ou a um barco controlado remotamente que recolhe água de qualquer parte do rio. Os alunos usam conhecimentos, testam hipóteses, resolvem problemas, afinam respostas e constroem protótipos. O professor acedeu à plataforma do prémio internacional, preencheu os campos, foi nomeado pelo diretor do agrupamento. No final de março deste ano, encontrava-se na lista mais reduzida do prémio que todos os anos distingue professores que se envolvem em programas educacionais, que se destacam pela eficácia do ensino.


O professor tinha de apresentar um projeto e desafiou alunos do 10.º ano a apresentarem algo novo, que nunca tivessem feito. E foi desta forma que surgiu o projeto “Trabalho prático de ciência e tecnologia na era Covid-19” que implementou à distância com calculadoras gráficas e micro:bit, uma espécie de placa e um pequeno processador com vários sensores. O professor declara: Mesmo durante as férias estivemos a trabalhar neste projeto à distância. Mesmo no fim de semana da Páscoa, houve trabalhos e contactos entre alunos. Antes de avançar, certificou-se que todos tinham o material necessário e um meio de comunicação disponível.

 

Os alunos meteram mãos à obra. Como alguns estudam música e vários frequentaram o ensino articulado, com programação criaram músicas curiosas inspiradas no Star Wars, nos Simpsons, nos parabéns a você, entre outras melodias, tudo feito através de programação. Como estavam em casa, arranjaram forma de haver música sempre que a porta do frigorífico fosse aberta, com cálculos da frequência com que o eletrodoméstico era usado. Fizeram simulações do Euromilhões, mediram a distância de trovoadas, analisaram o movimento de uma bola lançada do segundo andar da escola e a sua velocidade a dois metros do chão.

Os alunos aplicaram leis da Física e outros conhecimentos das aulas nas experiências que foram fazendo durante o tempo que vigorou o ensino à distância. O projeto reuniu várias componentes: programação, robótica, conteúdos disciplinares associados aos interesses dos alunos. O que parece óbvio, por vezes, pode não o ser: “Às vezes, os resultados são extraordinários. Como é que uma vela se apaga com muito oxigénio? Isto é ciência e é isto que atrai os alunos”, refere o professor premiado, que vê na distinção um estímulo para continuar e um reconhecimento por parte dos seus pares.

 

 

 
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